ZONEAMENTO DA BAÍA DE GUANABARA É TEMA DE CURTA-METRAGEM

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“Baía fundeada: o que sobra é muito pouco” aborda a perda do espaço para a pesca artesanal

Gravação do documentário: Pescador Ulysses entrevista o pescador Josefat

A Baía de Guanabara é um território marcado por inúmeros conflitos, um deles, segundo os pescadores artesanais da Ilha da Conceição, é a perda crescente dos espaços de pesca artesanal para as atividades da indústria do petróleo, com um grande número de embarcações em trânsito e áreas de fundeio, tornando a Baía de Guanabara um grande estacionamento. Na tentativa de tornar mais evidente este impacto, o Observação Niterói e os pescadores produziram minidocumentário sobre o tema.

Grandes embarcações fundeadas na Baía de Guanabara em conflito com pescador artesanal

O curta-metragem “Baía fundeada: o que sobra é muito pouco” evidencia o zoneamento da Baía de Guanabara sob a perspectiva dos pescadores artesanais, dando enfoque aos impactos da indústria do petróleo e gás, portos e estaleiros. Com o trânsito de embarcações de grande porte, áreas de fundeio e a atividade de plataformas e estaleiros dominando a Baía de Guanabara, o que sobra para a pesca artesanal é muito pouco.

Disputa desigual

Segundo matéria publicada pelo Projeto Colabora  O enorme estacionamento do pré-sal, estamos vivendo na Baía de Guanabara “O Eldorado”, devido ao aumento de empreendimentos na Bacia de Santos. Esse aumento das atividades petrolíferas causa uma disputa desigual entre os grandes empreendimentos e pescadores artesanais pela Baía de Guanabara.

“A gente sabe que esse modelo que está em voga no mundo inteiro, ele é um modelo que beneficia um grupo muito pequeno e traz prejuízo, miséria, fome e violência para um grupo muito grande”, explica Marcelo Stortti (GEASur Unirio/ FAPP-BG/ Baía Viva).

O que gera o questionamento do pescador Ulysses de Farias, presidente da Associação de Pescadores da Ilha da Conceição: “O interesse maior deles é ajudar aos grandes empreendimentos ou o pescador?”

 

 

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