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MORADORES DE QUIXABA PARTICIPAM DE DEVOLUTIVA

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Demandas de 2018 são passadas para a comunidade

 O Projeto de Educação Ambiental (PEA) Observação junto com os voluntários do projeto, apresentaram sua devolutiva para a comunidade de Quixaba e comunidades vizinhas no dia 28 de novembro, na sede do Observatório São João da Barra, com a finalidade de apresentar as demandas concluídas ao longo do ano de 2018. Abordamos junto com os moradores as questões que ameaçam o fim da pesca artesanal, a agricultura familiar e o artesanato. O professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Ronaldo Novelli que esteve presente com sua turma de zoologia explicou que a abertura da barra iria prejudicar não só os pescadores como também os moradores das localidades ao redor, já que ao abrir a barra muitos peixes de água doce iriam morrer, houve uma explicação prévia sobre a questão aquática da região que abrange o quinto distrito de São João da Barra.  

 

O debate aconteceu logo após a exibição do documentário “Limites” que teve como atores sociais e principais pescadores artesanais, agricultores familiares e artesãs que são contra e a favor da abertura da boca da barra do Açu. Alunos da UENF ali presentes questionaram o conflito existente entre os próprios povos, que na verdade o conflito deveria ser povos tracionais contra os atores sociais que tentam acabar com o saber da pesca, da agricultura e do artesanato. A abertura da boca de barra também foi uma das demandas que a comunidade estava esperando pelo seus resultados, onde foi passado um curta documental explicando sobre sua abertura, muitos ali presentes sentiram-se satisfeitos com todo o trabalho feito na comunidade de Quixaba ao longo do ano. 

Após esse momento de debate, o Teatro do Oprimido (TO) veio abordando a questão dos conflitos ambientais, onde os voluntários com auxílio da equipe técnica fizeram uma peça teatral chamada “Origens” que veio contando a história de pescadores que não sabiam o real conflito, de moradores que souberam do Parque Estadual da Lagoa do Açu quando alguns foram presos no local de onde extraem seu sustento e sobre as regras implementadas pelo parque onde nenhum morador participou da criação das regras e não sabiam de sua existência e quais são seus limites já que não há sinalizações do que é o parque ou qual é sua intenção ali.

Em um dos momentos marcantes do teatro é quando um voluntário faz o papel de representante portuário onde chama os moradores ali de “Quilombolas”, vale ressaltar que ali é uma comunidade de pescadores artesanais, agricultores familiares, filetadeira e artesãs, que deixa uma gafe mostrando que mesmo sendo um dos atores sociais que mais impactam naquela comunidade, não sabe o que exploram ou o que fazem para sobreviver, já que para o porto são seres “invisíveis”.  No final da peça foi ilustrado pelos voluntários a lei de implementação do Parque onde alguns pescadores, agricultores e artesãs não sabiam que existia.

 

Reconhecimento

O PEA Observação concluiu então mais um ano de trabalho e conquista com e para a comunidade, deixando bem claro que todos os sujeitos prioritários tem os seus direitos e que podem e devem ser exigidos e como reconhecimento. A comunidade se fez presente e participou da devolutiva, agradecendo imensamente o trabalho árduo de toda equipe e voluntários.

“Com a união de um todo, foi possível conquistar coisas boas para nossa comunidade”, disse a moradora da Quixaba Adriana Gomes.

 

 

 

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AGRICULTORES FAMILIARES PARTICIPAM DO DIAGNÓSTICO RURAL

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Diagnóstico mostra a realidade dos moradores de Cantagalo

O Projeto de Educação Ambiental Observação  Rio das Ostras em articulação com a Faculdade UFRJ-Macaé e Saafro (Sindicato de agricultores e agricultoras familiares de Rio das Ostras), iniciaram no último dia 07, um trabalho de diagnóstico participativo rural, com perspectiva de entrevistar  700 famílias moradoras de Cantagalo e fazer um levantamento da atual situação da zona rural, que sofre pela especulação imobiliária que veio através da cadeia produtiva do petróleo.

A finalidade será  coletar dados como: plantações, onde escoam as suas  mercadorias, uso de água, saneamento básico, emissão de documentos de direitos dos agricultores familiares entre outros questionamentos.Com esse trabalho vamos saber os pontos críticos dos agricultores e do Meio Ambiente que hoje se sofrem com a especulação imobiliária instalada nessa Região Rural.

A Previsão é que dentro de 90 dias o diagnóstico seja concluído e sistematizado.Com esse resultado o Observatório espera  aprimorar  o seu trabalho de monitoramento e encaminhamento de acordo com as demandas do projeto e a necessidade real do agricultor familiar de Cantagalo, a  UFRJ busca aperfeiçoar o seu trabalho através do projeto Fazendas de água que evidencia o saneamento básico,que já vem acontecendo na localidade e o SAAFRO busca identificar todos os agricultores familiares e não somente os assentados como é feito na atualidade.

 

Agricultores se mobilizam com o disgnóstico

Esse trabalho está sendo muito bem recebido pelos  moradores,alguns se mobilizam para que o diagnóstico seja concluído em sua  localidade. A agricultora familiar Tereza de Paula Sales conclui que “Seja qual for o resultado,não podemos viver tapando o sol com a peneira”,pois acredita que Cantagalo está na sua pior fase por consequência da ausência de  politicas públicas.