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ENCONTRO ENTRE PESCADORES PROMOVE DEBATE SOBRE PESCA ARTESANAL EM NITERÓI E ARARUAMA

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O evento contou com a exibição de um curta-metragem e uma peça sobre a pesca artesanal nos municípios

O Observação Niterói realizou, em 15 de dezembro de 2018, um encontro entre os pescadores artesanais da Ilha da Conceição, em Niterói, e os pescadores da Lagoa de Araruama e integrantes do Observação Araruama no Cais do Chatão, sede da Associação dos Pescadores da Ilha da Conceição. O evento teve como objetivo apresentar algumas das produções que os observatórios realizaram ao longo de ano de 2018 no âmbito do monitoramento dos impactos ambientais da cadeia produtiva do petróleo e gás – um curta-metragem documental e uma peça de teatro, ambos desenvolvidos junto aos pescadores, que são sujeitos prioritários do projeto de educação ambiental em Niterói e Araruama.

Zé Roberto e Flávio, pescadores da Associação de Pescadores da Ilha da Conceição, e participantes do curta “Licença de arrasto”

Ulysses e Izaías, da Associação de Pescadores da Ilha da Conceição, durante o evento

Para iniciar o debate, o Observação Niterói apresentou o curta documental “Licença de arrasto”, produzido junto aos pescadores artesanais da Ilha da Conceição, que escolheram o tema e contribuíram para as gravações realizadas durante o segundo semestre de 2018. No curta-metragem, os pescadores apresentam as questões que vêm enfrentando quanto à fiscalização pela pesca de arrasto do camarão na Baía de Guanabara. De acordo com o grupo, os pescadores artesanais encontram dificuldades nos processos de obtenção e regularização da licença de arrasto e não conseguem esclarecer suas dúvidas quanto à legislação que rege a atividade, ficando, por muitas vezes, sujeitos às repreensões dos órgãos de fiscalização ou impedidos de realizar seu trabalho.

Exibição do curta “Licença de Arrasto”

Após a apresentação das questões abordadas no curta-metragem, os pescadores e integrantes do Observação Araruama trouxeram seu ponto de vista sobre a pesca artesanal por meio de uma encenação teatral, construída a partir de ferramentas do Teatro do Oprimido. A peça teve como tema a situação de muitos pescadores da cidade, que conseguem pescar, mas não possuem estrutura para armazenamento e venda do pescado. Com isso, ainda que tenham êxito na pescaria, ficam vulneráveis aos atravessadores, que compram o produto a um preço muito mais baixo do que o pescador poderia vender diretamente.

Pescadores e integrantes do Observação Araruama após a apresentação da peça

As atividades seguiram a partir das questões levantadas na peça e no filme, com a realização de um debate sobre a prática da pesca artesanal em ambos os municípios, momento em que os participantes puderam trocar conhecimentos sobre ações possíveis para enfrentar os desafios que se interpõem entre as transformações nos territórios e a manutenção da atividade tradicional da pesca, dos seus saberes e dos seus modos de vida possíveis.

 

 

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RECONSTRUINDO A IDENTIDADE QUILOMBOLA

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Quilombo mostra para a comunidades ações realizadas em 2017

O encontro final promovido pelo Observação Búzios teve como participação a unidade de Arraial do Cabo. Em ação realizada na sede do quilombo de Baía Formosa, apresentamos as ações realizado no ano de 2017 e exibimos o curta documental ‘Reconstruindo a Identidade Quilombola’, resultado do monitoramento dos impactos da cadeia produtiva do petróleo e gás. No curta , apresentamos as ações realizadas neste período a eleição da diretoria do quilombo, a oficina de bioconstrução, a ocupação do conselho do meio ambiente no município de Armação dos Búzios, A garantia de políticas públicas em evento do movimento quilombola do estado. Foi apresentado uma retrospectiva das ações realizadas no ano de 2017, como a apresentação de Teatro do Oprimido (TO), em Zebina.

 

O que é ser quilombola – Cultura e religião

No núcleo Zebina, realizamos a pré-devolutiva com o Teatro do Oprimido com uma temática para o povo entender melhor o que é cultura, ser quilombola e a religião, pois estava trazendo conflito para a comunidade, ambas andam juntas mais não se mistura cada uma tem o seu lugar, A peça apresentada, “Dia de chuva”, depois de muitas pesquisas, vem para dar um fortalecimento a cultura quilombola. Quando falamos da cultura quilombola, falamos de danças, capoeira, artesanatos, comidas típicas, cultivo de ervas medicinais, modo de vida. Com o passar do tempo estes costumes foram se perdendo com entendimentos confusos por falta de conhecimento, membros da comunidade ultimamente sentiram dificuldade de reunir o seu povo por várias diferenças de entre religião e cultura. Assim os próprios membros da comunidade, sentiram a necessidade de apresentar uma cena construído através das técnicas do Teatro do Oprimido (TO) para que todos pudessem se ver, quando a comunidade começou a entender o que significa tudo isso cada um em seus lugares ,ele começaram aceitar melhor sua identidade com os temas abordados ali e as ações realizadas neste período trouxe um convívio diário dos comunitários ali no trabalho coletivo fazendo com que povo se fortalece na reconstrução das atividades como era no tempo passado um ajudado o outro.

 

Ações de fortalecimentos

O intercâmbio que houve entre Observação Búzios e Observação Arraial do Cabo na devolutiva aconteceu pela primeira vez, porém foi muito produtivo a participação deles os pescadores e fizemos uma grande oportunidade, e descobrimos várias coisas que conectavam os dois peas. Eles meteram a mão na massa e, além de colaborar na cozinha, trocaram experiências maravilhosa com a nossa comunidade através de debates.

Hoje, o quilombo está no Conselho de Meio Ambiente e Pesca do município ocupando uma cadeira, que foi uma busca para ter um representante do quilombo neste conselho, e poder ter representatividade no município levar os nossos assuntos e projetos, pois é umas políticas públicas para a comunidade.

A Mesa Quilombola, realizada em junho, recebemos a informação do INCRA de que a comunidade de Baía Formosa está na prioridade dos trâmites do processo para regularização e titulação das terras quilombolas. Pois, estamos sendo impactados pelo setor imobiliário, mas ainda estamos resistindo temos que lutar pelo nosso espaço e a manutenção da nossa identidade, pois se não lutarmos perdemos o nosso espaço e ficamos sem sentido. E neste período do ano foram realizadas várias ações trazendo informação para a comunidade, no fortalecimento E ajuntamento dos comunitários, o Documento de Aptidão ao Pronaf (DAP), documento de inserção às políticas públicas para as comunidades quilombolas. A delegada federal do MDA, Danielle Barros, diz que este documento identifica os agricultores familiares e ajuda a conseguir o selo quilombola, para poder receber apoio para escoar suas mercadorias. Ao final, foi firmado um acordo com os comunitários, essa é uma forma de fazer com que os jovens não saem da sua comunidade e os que saíram volta de novo ao campo mais agora com apoio das políticas públicas.