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RECOLHIMENTO DE RESÍDUOS DE PESCADOS CONTINUAM INATIVOS

Em informe, monitoramento, Noticias by Observatório São Francisco do ItabapoanaDeixe um Comentário

Após dois anos o projeto ainda não foi implementado  

O projeto de recolhimento de resíduos de pescado foi apresentado pelo Grupo de Trabalho de Pesca( GT de Pesca)  e seria implementado pelo governo municipal buscando parceria com empresas privadas. Seriam utilizados contêineres para este recolhimento, devido a falta desses contêineres, os resíduos estão sendo descartados em lugares inapropriados  como: nas estradas vicinais de Barra do Itabapoana e na comunidade de Lagoa Feia sendo descartados diretamente no Rio Itabapoana, afetando a pesca artesanal e causando um problema de saúde pública. Em pauta no Grupo de Trabalho da Pesca desde 2018 na Câmara Municipal, vem se buscando uma solução para essa questão, porém, não foram cumpridos os acordos acertados.

A empresa Patense ficou responsável pela instalação dos contêineres nas localidades de Gargáu, Barra do Itabapoana e Lagoa Feia. Na comunidade de Barra do Itabapoana ficou acordado que seria instalado um contêiner para contemplar todos os beneficiadores de pescado locais, porém este recolhimento está sendo feito parcialmente não atendendo as demandas da localidade pesqueira. Em Gargaú foi instalado um contêiner, mas foi removido pela empresa por falta de pagamento de energia, que cabia a prefeitura como parte do acordo. Já na comunidade pesqueira de Lagoa Feia foi instalada uma câmara para o armazenamento que não foi o suficiente para a quantidade de resíduos que são gerados. O único local onde está sendo feito normalmente e atendendo as demandas da comunidade é Guaxindiba onde isto esta sendo feito de forma particular.

Resíduos descartados inadequadamente Foto: Pedro Simão

Pesquisa feita nas localidades pesqueiras do município de São Francisco de Itabapoana dão conta de que é gerado um número significativo desses resíduos e se otimizado o gerenciamento desses pescados poderiam ser transformados em ração animal, ser extraído o óleo de peixe e farinha de silagem.  Se houvesse o  aproveitamento correto desse material contribuiria para a sustentabilidade da pesca artesanal. O beneficiador de pescado Welber Pessanha morador da comunidade pesqueira de Barra do Itabapoana relatou que produzia uma quantidade de resíduos bem significativa em sua peixaria mas que optou  a parar com seu beneficiamento de pescado por falta de condições adequada para o armazenamento dos resíduos em sua peixaria.

Questão do descarte  

No dia 20 de setembro de 2018 em reunião  do GT de Pesca com a  participação dos pescadores artesanais, dos Projetos de Educação Ambiental (PEAs) Observação, Pescarte, REMA, o secretário de obras Roberto Vinagre e o de Agricultura e Pesca Matheus Henriques, os vereadores Alexandre Barrão e Raliston Sousa, a presidente da Colônia Z1 Diviane Chagas e o superintendente da Pesca e Agricultura José Armando Barreto  para discutir a questão do descarte dos resíduos dos pescados nas comunidades pesqueiras de São Francisco de Itabapoana. Foi convidado também para esta reunião o diretor da Patense, empresa que recolhe os resíduos de pescado para transformar em ração e óleo de peixe, que não compareceu. O  Superintende de Pesca José Armando o representou e falou sobre a importância da iniciativa de se retirar os resíduos dos lugares que não são adequados ao meio ambiente. Onde ficou decidido que Barra do Itabapoana seria a comunidade modelo de coleta.