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PESCADOR ARTESANAL COBRA AÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

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Manifestação reúne comunidades pesqueiras do entorno da laguna de Araruama contra a poluição na praia do Siqueira

No dia 21 de março, pescadores artesanais protestaram, junto ao poder público, contra a poluição da laguna provocada pelo lançamento de esgoto in natura pelas concessionárias responsáveis pela coleta e tratamento do esgoto dos municípios ao redor da laguna. O movimento teve início no município de Cabo Frio, na praia do Siqueira, onde os pescadores manifestaram sua indignação contra essa poluição numa barqueata com faixas e barcos. A manifestação, além dos pescadores, contou com a participação dos representantes do poder público dos municípios, do procurador da República Leandro Mitidieri, dos projetos de educação ambiental da bacia de campos, as concessionárias, Prolagos e Águas de Juturnaíba e a comunidade do Siqueira.

Pescador artesanal da laguna de Araruama realizam barqueata

Convocado pelo Ministério Público Federal, os pescadores questionaram sobre a situação da laguna em seus municípios. Alpheu Ferreira Filho, pescador artesanal do município de Araruama, afirma ao procurador da República que apesar da laguna receber o nome de Araruama, esse município é o mais esquecido pelo poder público e a própria natureza não está mais suportando tanto descaso.

“A dragagem do canal é necessária, pois com o crescimento populacional o canal não atende mais a revitalização da laguna e com isso ela não está mais suportando o lançamento de esgoto. Os pescadores estão deixando de pescar para realizar outras atividades. Está sempre ocorrendo as mesmas conversas e nenhuma ação está sendo realizada e com isso o turismo e a pesca estão morrendo na nossa região”, conclui o pescador Alpheu Ferreira.

O procurador da República percorreu 50 pontos de lançamento de esgoto ao redor da laguna, desde Arraial até Araruama, com objetivo de fiscalizar os pontos críticos de lançamentos realizados pelas concessionárias.

 Pescador em ação

Durante a ação os pescadores organizaram um abaixo assinado solicitando ao ministério público um calendário fixo de ações das concessionárias em relação as obras de melhorias saneamento básico, principalmente na implantação do sistema de coleta separativa evitando com isso que o esgoto seja despejado na laguna.

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EMPREENDIMENTO INICIA  ESTUDO EM ÁREA COM RISCO DE SALINIZAÇÃO

Em Noticias by Observatório BúziosDeixe um Comentário

Procurador da República obriga realização de estudos que podem comprometer qualidade das águas em terras quilombolas, em Armação dos Búzios

Empreendimento realiza visita técnica para fazer estudo da qualidade da água do entorno do Quilombo de Baía Formosa, após decisão do procurador da República, Leandro Mitidieri, que exigiu a realização de novos estudos de impactos ambientais para instalação do empreendimento Aretê, do grupo Opportunity.

Esta área da comunidade quilombola se encontra em etapa de estudo para o relatório antropológico junto ao INCRA, devido um conflito no passado que resultou na expulsão das famílias que residiam ali. Os técnicos Rafael Freitas e Sebastian Quiñones foram contratados pelo empreendimento para fazer a análise da água para diagnosticar possíveis impactos ambientais e sociais na construção desse empreendimento.  

O Quilombo de Baía Formosa foi chamado para acompanhar esse trabalho, solicitados pelo empreendimento. Nos encontramos na entrada de Baía Formosa, em Búzios, para acompanhá-los até o local onde existem poços e nascentes, lugar que está próximo ao empreendimento Aretê do grupo Opportunity.

A preocupação da comunidade quilombola está no andamento das obras, que recebeu autorização antes mesmo de ter cumprido todos os estudos dos impactos de forma adequada, pois vivem famílias que dependem das terras para sua sobrevivência. Este é o maior risco ambiental que povo quilombola está vivendo em seu território.

Análise de água ainda não tem data definida
Apesar desse encontro, não foi coletado nenhuma amostra da água das nascentes e poços para realização de testes de qualidade. A comunidade quilombola de Baía Formosa está acompanhando esse estudo.