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VENDA DE PESCADO CAI COM A PANDEMIA

Em Noticias by Observatório NiteróiDeixe um Comentário

Pescadores seguem trabalhando, mas relatam dificuldades no escoamento da produção

Durante pandemia, pescadores artesanais da Ilha da Conceição relataram dificuldades na manutenção de suas atividades. As medidas de isolamento social e confinamento  adotadas na cidade de Niterói e necessárias para o controle da disseminação do coronavírus, trouxeram impactos na venda do pescado. Entre os aspectos apontados pelos pescadores, destaca-se a queda de preço de seus produtos. Ainda que a cidade tenha disponibilizado auxílio emergencial para a classe pesqueira, por meio do programa Busca Ativa, os critérios de acesso ao benefício geraram dúvidas. Alguns pescadores, inclusive, não souberam da possibilidades de solicitar o auxílio. Com isso, muitos pescadores ficaram de fora do benefício e, mesmo diante queda na demanda da venda, seguiram trabalhando.

Pescador organiza pescados da Baía de Guanabara. Foto: Flávia Gomes / Observação Niterói

Luis Claudio do Carmo destaca que, no começo do período de distanciamento social, os pescadores estavam apreensivos, mas que a maioria não deixou de pescar: “No início tinham menos pessoas no mar, trabalhando, tudo restrito e os pescadores estavam preocupados com o que iria acontecer, pois o pessoal estava sem procurar e comprar, mas deixar de pescar mesmo a maioria não deixou”.

Assim como também podemos perceber na fala do pescador José Roberto, que seguiu pescando durante esse período. O pescador afirma que “A pescaria tem vezes que dá melhor, às vezes dá pior, e a gente vai trabalhando.” Quando perguntado sobre mudanças no seu trabalho durante esse período, ele disse que segue pescando e vendendo, porém tomando os devidos cuidados e precauções.

Queda no preço do pescado

De acordo com Flávio da Silva, “A pescaria em si não foi tão afetada”. Porém, com a menor demanda de bares e restaurantes ficou mais difícil vender. Como consequência, o preço do pescado caiu diante do menor movimento e consumo. Em alguns casos, ressalta que os pescadores precisaram “rifar” sua produção: “A gente está vendendo o pescado, mas está vendendo por um preço mais barato. Às vezes, não consegue clientela suficiente pra vender e tem que estar rifando, né? Vendendo bem mais barato do que poderia vender. Isso é o que está acontecendo.”, destaca.