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COVID-19 PREJUDICA ESCOAMENTO DO PESCADO NO MUNICÍPIO

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PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS AFETA OS SUJEITOS PRIORITÁRIOS DE SÃO JOÃO DA BARRA

No mês de março a marisqueira Maria de Fatima Barreto Costa da Conceição, moradora da localidade de Atafona, 3° distrito de São João da Barra, relatou sobre como a pandemia do novo Coronavírus afetou e vem afetando as atividades tradicionais do município, segundo ela “se os pescadores não pescam, elas marisqueiras, não tem peixes para filetar e não tem mariscos para limpar, porque se não pescam, dependem dos pescadores, se o material não é escoado não há como limpar ou fazer o pescado de mariscos”. A Pandemia afeta os sujeitos prioritários com a diminuição da fonte de renda, Maria de Fatima aborda a questão do superfaturamento dos atravessadores, que compram o material por um preço baixo e revendem ao um preço alto, fazendo com que o pescador tenha que decidir entre fazer compras de alimentos para sua casa ou manter as despesas do barco, pois não obtém lucro para realizar as duas coisas: “Se eles, pescadores, tem lucro de R$100,00 tem que somar para saber quanto que será gasto com a manutenção do barco, isso diz sobre o óleo, o motor, a rede de pesca e comidas para se manter em alto mar, sem somar os gastos com a família, seja comida, remédios ou vestuários”.

 

O presidente da colônia dos pescadores de Atafona, Elialdo Bastos explica melhor sobre o escoamento do pescado, o mesmo relatou que “os pescadores artesanais cadastrados não viram tanta dificuldade no escoamento de peixes para os frigoríficos, pois a rota do caminhão estavam seguindo normalmente no início da pandemia, mas houveram alguns problemas com algumas rotas, no final do mês de março o caminhão foi barrado em um das barreiras sanitárias do município, impedindo que escoasse o material dos frigoríficos de Atafona”, Elialdo completa “se o isolamento social ficar mais rígido terão que parar novamente, porque tudo depende do caminhão viajar e cumprir as rotas de entregas e retornando com o pagamento dos pescadores”. Cerca de 40% das atividades da colônia estão paradas segundo o mesmo, se agravar ainda mais a questão da pandemia no município ele afirma que não haverá mais o que fazer para suprir as necessidades dos pescadores artesanais.

Maria de Fatima que tem a sua subsistência voltada para a atividade do marisco se sente preocupada com mais bloqueios ou isolamentos mais rígidos, pois não tem outra fonte de renda, se preocupando assim com o que comer no dia a dia. Elialdo Bastos, teme em mais bloqueios por conta do escoamento do pescado, dificultando toda atividade pesqueira da região e alega que nem todos os pescadores conseguiram auxílio. Ambos vivem realidades diferentes, mas a pandemia os afeta igual. Os pescadores artesanais em sua maioria já temem a pandemia, mas uma minoria de pescadores continuam pescando por sobrevivência, arriscando junto a dele a vida de seus familiares. A pesca artesanal é um dos principais fatores econômico de São João da Barra, a mesma fomenta a economia local e regional, fazendo assim o município de destaque na cultura da pesca artesanal. Um pescador artesanal que não quis ser identificado por receio de perder a venda do seu pescado para os frigoríficos relata que “É muito injusto essa forma de trabalho, nós que pescamos e fornecemos para os frigoríficos recebemos menos pela mercadoria, tenho que me contentar com pouco apesar de muito trabalho e fazer malabarismo para que minha família não passe fome, pois sempre vivi da pesca e além de ter pouco estudo não sei fazer outra coisa, ele completa: “Com esse vírus dificultando ainda mais não sei como vai ficar daqui pra frente”.

ISOLAMENTO SOCIAL

Os pescadores artesanais afirmam que não podem fazer o isolamento por questões de sobrevivência, para se manter no meio da pandemia, o auxílio emergencial do governo não cobre os gastos que os pescadores têm com os barcos e com as despesas familiares. Os pescadores idosos temem saírem de suas residência com medo de contrair o vírus, sendo assim, muitos se encontram depressivos por não estarem exercendo suas profissões e sustentando a família. A colônia de pescadores diz está atenta a todas as demandas tentando prestar auxílio, mesmo estando com suas atividades reduzidas.

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COOPERATIVA DE MULHERES SE REÚNE COM VEREADORES

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Pescadoras e marisqueiras da Prainha lutam por melhores condições para profissionais da pesca

A cooperativa SOL, SALGA E ARTE se reúne com vereadores de Arraial do Cabo para dar continuidade aos procedimentos que visam a criação de um espaço para o beneficiamento do pescado para as pescadoras e marisqueiras da Prainha.

Ocorrida em 07 de junho, a reunião contou com a presença do presidente da Câmara, Ayron Freixo, do vereador e líder do governo na Câmara, Alexandre Ferreira (Galego), a procuradora-geral da Câmara, Karoline Brasil, a procuradora da Prefeitura, Luciana Benittes, membros da cooperativa e membros do PEA Observação de Arraial do Cabo.

Essa é mais uma etapa da mobilização da comunidade pesqueira da Prainha para reivindicar melhorias para profissionais da pesca na região.

Presidente da Câmara conversa com mulheres da cooperativa

Procuradoria Municipal e da Câmara estiveram presentes

De acordo com o presidente da Câmara de Vereadores, Ayron Freixo, serão necessários protocolar, na prefeitura, algumas solicitações que deverão ser deferidas pelo órgão executivo. Somente após esses procedimentos será possível a Câmara de Vereadores aprovar a cessão de um espaço público para uma atividade de interesse social.

 

Durante a conversa sobre as questões que permeiam o assunto, foram sugeridos alguns procedimentos para serem adotados em relação aos locais pleiteados pela cooperativa. São eles:

  • Protocolar ” Requerimento de Cessão de Espaço Público”;
  • Citar reunião com o prefeito Renatinho Vianna dia 04 de abril;
  • Citar reunião com o presidente da Câmara e líder de Governo;
  • Organizar toda documentação da cooperativa para o protocolo.