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IBGE REALIZARÁ RECENSEAMENTO

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Censo 2020 pode mudar a categorização depois de contabilizada população do Lagomar

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, realizará o recenseamento no segundo semestre de 2020. O processo tem a finalidade de obter informações atualizadas e precisas, fundamentais para o desenvolvimento de políticas públicas e realização de investimentos, tanto do governo, quanto da iniciativa privada. O período regular do censo começará em agosto e terminará em outubro deste ano. A pesquisa é realizada a cada 10 anos. No censo de 2010, Macaé contabilizou uma população de 206.728 habitantes, com uma prospecção de mais de 49 mil habitantes para 2019, segundo o Instituto.

 

O município de Macaé, desde a chegada da empresa Petrobras, em 1978, e demais empresas ligadas à economia petrolífera, que se instalaram desde a década de 80, foi fortemente impactado com as reestruturações econômicas resultantes desta indústria, que praticamente eliminou a pequena produção rural, a pesca artesanal e as práticas culturais tradicionais. O que resultou em um “processo de rearranjo econômico, político, demográfico e territorial”  em torno desta estatal e a uma cultura de “cidade de passagem”, em que as pessoas residem com uma perspectiva de permanecer enquanto o petróleo der retorno econômico .

Créditos foto: Rui Porto Filho

O município de Macaé ao tornar-se, na primeira década de 2000, a principal localidade na região norte fluminense para as instalações e bases operacionais da indústria do petróleo, alcançou crescimento econômico e índice diferenciado em relação à oferta de empregos formais gerados. As periferias do município de Macaé, que surgem por consequência dos fluxos migratórios, fruto da chegada da indústria do petróleo na região, condensam as consequências sociais de um processo de avanço industrial em que o ordenamento territorial reproduz e espacializa as desigualdades. Dentre essas localidades periféricas situadas em Macaé está o território do Bairro Lagomar.

Migração

O bairro Lagomar  originou-se a partir da aprovação do loteamento Balneário Lagomar, aprovado em 1976, com 527 sítios de recreio, com 5000,00 m². O bairro tem parte do seu território inserido no Parque Nacional de Jurubatiba. As ocupações se originaram dentro do Balneário Lagomar, no início da década de 1990, com a chegada de migrantes em busca de trabalho na área do petróleo. Além dos problemas ambientais, e de sua constituição como área ocupada por famílias em situação de precariedade econômica e de frágil garantia de direitos sociais elementares (saúde, educação e segurança pública), no bairro há o desencadeamento de agravantes sanitários associados à precariedade de saneamento e água canalizada.
O bairro Lagomar possui algumas nuances em relação à condição de sua respectiva categorização. No reordenamento do município de Macaé, estruturado na lei complementar Nº.045/2004, o bairro Lagomar foi categorizado sob a condição de Zona de Especial Interesse Social (ZEIS). No entanto, o censo IBGE 2010, não categorizou o bairro na condição de aglomerado subnormal.
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OBSERVAÇÃO MACAÉ REALIZA CONVERSA COM LIDERANÇAS

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Lideranças da Associação de Moradores do bairro Lagomar  e da desapropriação marcam presença em roda de conversa na nova sede do Observatório Macaé

O Observatório Macaé realizou no dia 17 de dezembro, uma conversa com diversas lideranças do Bairro Lagomar e da área de desapropriação( W30 E MPM) . O encontro aconteceu em sua nova sede, onde foi discutido o processo de desapropriação existente no bairro e problemas que atingem grande parte do bairro, como o transporte público, saneamento básico e os constantes vazamentos de água pelo bairro.

Diversos conflitos foram abordados neste encontro, dentre eles a desapropriação e a ausência de saneamento básico. A água potável é hoje um dos maiores problemas dentro do bairro, pois apenas uma pequena parte recebe água tratada. Além de ser um problema dos moradores da desapropriação, parte do bairro Lagomar também não conta com saneamento básico e água tratada.

Hoje como parte do Conselho Consultivo do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, o Observatório Macaé tem a responsabilidade de intermediar o diálogo com os moradores, tanto da área de desapropriação,  de todo o bairro do Lagomar. O conflito se dá devido a área de amortização necessária ao Parque Nacional Restinga de Jurubatiba e as casas dos moradores, onde muitos chegaram antes da criação do Parque em 1998.

Conflitos diversos 

Lagomar é um bairro com mais de 45 mil moradores, hoje o maior bairro do município em números de habitantes, os conflitos são diversos, advindos da exploração da cadeia produtiva de petróleo e gás, nesse cenário o Observatório Macaé é um local de produção de conteúdo onde os próprios moradores possam ter um canal de visibilidade da sua luta.