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FIOCRUZ REALIZA ESTUDO EM ÁGUA DE ESGOTO

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Em parceria com a Prefeitura de Niterói, instituição divulga resultado de pesquisa onde se confirma a presença de COVID-19 nos resíduos

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Prefeitura de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, iniciaram um estudo para verificar a presença de material genético do novo coronavírus (Sars-CoV-2) em amostras do sistema de esgotos da cidade. O objetivo é acompanhar o comportamento da disseminação do vírus ao longo da pandemia de Covid-19. Considerando que evidências científicas recentes mostram que o novo coronavírus é excretado em fezes, o projeto utiliza a análise de amostras de esgotos como um instrumento de vigilância, permitindo identificar regiões com presença de casos da doença, mesmo os ainda não notificados no sistema de saúde. O monitoramento ambiental realizado pela Fiocruz, que desenvolve atividades de pesquisa na área de Virologia Ambiental há mais de 15 anos, está alinhado com estudos científicos internacionais, que têm demonstrado a importância da vigilância baseada em esgotos para a detecção precoce de novos casos de Covid-19.

A população de Macaé enfrenta grandes problemas na coleta e no tratamento de esgoto, a BRK AMBIENTAL empresa responsável pelo serviço informa em seu site que desde 2012 está como responsável pelo esgotamento sanitário e pela gestão comercial das contas de água e esgoto dentro de uma área de atuação no perímetro urbano do município, entre parte do bairro Imboassica e o bairro Lagomar. Porém a situação encontrada no bairro Lagomar não é das melhores, uma vez que é constante encontrar nas ruas vazamentos de esgoto pela CI’S, com isso formando valas de esgotos. Foi apresentado no curta documental de 2018 produzido pelo Observação Macaé, um estudo realizado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência  e Tecnologia Fluminense e assinado por Talita Rios Costa Elias, onde o resultado das amostras das águas subterrâneas captadas para análises no Lagomar,  constaram todas com contaminação por E.coli, sendo improprias para uso. Este estudo foi realizado em 2014, e hoje ainda encontramos no bairro algumas casas que utilizam o sistema de fossa para escoar os resíduos sanitários.

No bairro Lagomar a única opção de captação de água tratada para uma grande parte da população, é através das caixas comunitárias, que hoje são no total de três. Essas caixas já não tinham um abastecimento contínuo com água tratada a muito tempo, levando em algumas ocasiões, mais de 20 dias para serem abastecidas, deixando a população com os galões vazios, segundo relato de moradores. Com o decreto de número 032/2020, por conta do isolamento social, serviços públicos tiveram sua carga horária reduzida, priorizando serviços essenciais , que de alguma forma foi interpretado pela Secretaria de Serviços Públicos, que o abastecimento dessas caixas comunitárias não são essenciais para a população. “Como higienizar as mãos com água contaminada” indaga a moradora do bairro e colaboradora do Observação Macaé, Claudia Gomes de Carvalho.

Medidas básicas fora do alcance

Desde fevereiro quando surgiram os primeiros casos do coronavírus no Brasil, toda a população tem vivido uma tensão e uma intensificação nos cuidados de higiene. Surgiu a preocupação para as pessoas que moram em lugares onde não há saneamento básico. “Lavar as mãos com sabão é uma das coisas mais baratas e eficazes que você pode fazer para proteger você mesmo e os outros contra o coronavírus, bem como contra muitas outras doenças infecciosas. No entanto, para muitos, mesmo as medidas mais básicas estão simplesmente fora de alcance”, lamentou o diretor de Programas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) Sanjay Wijesekera.

 

 

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FALTA DE ÁGUA TRATADA NO LAGOMAR É PAUTA DE REUNIÃO COM CEDAE

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Água de poço contaminada e a falta de abastecimento no bairro foram os temas debatidos com a direção 

 

Em reunião com a direção da CEDAE-RJ, que aconteceu no dia 18 de dezembro, foi levado pelos representantes do Observação Macaé a situação de abastecimento da água no bairro Lagomar, onde apenas uma pequena parte tem a prestação do serviço, o que não chega a atender 10% do bairro na sua extensão. O meio de ter acesso a água no bairro na maioria das casas , é através de captação por poço artesiano, o que trás desconforto a população, pois a contaminação da água subterrânea é evidente, pelo cheiro, cor e sedimentos vistos sem ser preciso utilizar nenhum tipo de lente de aumento. Foi apresentado a direção os possíveis impactos que podem ser causados a vida dos moradores com a utilização desta água contaminada.

Durante a reunião foi encaminhado a direção a possibilidade de se realizar uma reunião popular no bairro, onde as empresas participantes da Parceria Público Privado (PPP) CEDAE, BRK e também a Prefeitura Municipal de Macaé, terão a oportunidade de dialogar direto com a população. O agendamento desta reunião ficará para o próximo ano, podendo ser realizada ainda no primeiro semestre de 2020. O Diretor de Interior, Fernando Arruda se prontificou a participar e apresentar a população do bairro os dados e a situação atualizada do contrato com o Município. Além de Fernando Arruda, estava presente na reunião O Deputado Estadual Welberth Resende que também esteve presente nesta reunião, se prontificou a participar da reunião popular.

 

Água subterrânea contaminada

Uma pesquisa realizada em 2014,”Avaliação da contaminação da água subterrânes de poços escavados em residências no bairro Lagomar”, pelo Instítuto Federal de educação, ciência e tecnologia fluminense – IFF , informa que a água captada em poços artesianos no bairro pode ser  imprópria para uso. Foram feitas coletas em 12 pontos diferentes no bairro e enviadas para analise: “A maior parte das amostras de água de poços analisadas do bairro Lagomar, estavam fora dos padrões de potabilidade quanto ao quesito microbiológico e químico previsto na legislação pertinente. Mas com base neste trabalho, não se pode afirmar que a qualidade da água do bairro Lagomar como um todo não atende ao disposto na legislação pelo número reduzido de pontos de coleta, que não permite inferir resultado sobre o cenário do bairro no geral. Por outro lado, não se pode desprezar o fato grave de que em pelo menos um dos parâmetros (E.coli ou fosfato), todos os pontos de coleta estudados apresentaram resultados fora do padrão de potabilidade.

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GOVERNO CONVOCA POPULAÇÃO PARA DEFINIR FUTURO DA ÁGUA EM MACAÉ

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 Poder executivo municipal anuncia consulta pública para a tarifa zero e municipalização 

A consulta pública vai acontecer no dia 28 de julho, de 08:00 às 17:00 horas, no Centro de Convenções de Macaé, Jornalista Roberto Marinho. Onde tarifa zero e a municipalização do abastecimento de água tratada serão dois dos temas para a população de Macaé opinar. Segundo o governo municipal, a empresa que detém a concessão da água em Macaé não atende com eficiência a todo o município, sendo a consulta pública uma forma de ouvir a população.

O início deste processo aconteceu no dia 24 de abril, quando a Câmara de Vereadores de Macaé aprovou por 9 votos a 3 a encampação da água em Macaé, dando ao município a responsabilidade do abastecimento da água tratada, afastando assim a empresa que tem a concessão do serviço, a CEDAE.  A tarifa zero tem sido pauta de muitas discussões dentro do legislativo e também com a população de Macaé, uma vez que se for implantado por definitivo essa tarifa, compreende-se que atenderá a todo o Município, causando preocupação com o consumo sem controle e o desperdício da água, levando em consideração que hoje 60% do consumo de água tratada em Macaé, é realizado pela industria e comércio, segundo informação em gráfico apresentado pelo Comitê de Bacias. Desde que foi aprovada a PL 003, a cidade já esta com a tarifa zero de água provisoriamente, o que tem sido motivo de muitas reclamações, pois desde então bairros que nunca haviam sofrido com o problema de abastecimento, estão ficando mais de 5 dias sem receber água.

LAGOMAR E A ÁGUA TRATADA

O bairro Lagomar, hoje com aproximadamente 35 mil moradores, aguarda a chegada da água tratada em todas as residências desde que o bairro ainda era balneário. Em audiência pública realizada para a  CEDAE, o diretor de interior da empresa informou que não há possibilidades de efetuar a ligação para todos os setores do bairro. Disse ainda que a estrutura da rede de água (canalização) esta comprometida devido ao material de baixa qualidade e a falta da manutenção executada pelo município, uma vez que depois de terminada a obra de pavimentação nenhum reparo ou manutenção foi efetuado. Para os moradores do bairro ter a água municipalizada é uma preocupação devido aos relatos apresentados por moradores da Serra de Macaé e o químico da CEDAE quando informaram em sessão estarem recebendo água com coliformes fecais fornecida pelo município, que é o responsável pela captação, tratamento e abastecimento do Distrito.

O sr. Elias Lourenço dos Santos, morador do Lagomar há 20 anos, informa que não vê nessa tarifa zero a solução para o problema de água no bairro, ele diz que fica ainda mais preocupado, pois acredita que agora essa tarifa zero pode ser uma desculpa para não concluírem o serviço de água e esgoto no bairro. “Nossa água de poço é contaminada, a água da caixa comunitária não sabemos a procedência, tarifa zero pra gente é só mentiras.” Informa Sr Elias.