COMUNIDADES TRADICIONAIS SE MOBILIZAM PARA REDUZIR IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS

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Audiência pública sobre a ampliação de produção de petróleo na Bacia de Campos reúne quilombolas e pescadores

No dia 2 de abril de 2019 aconteceu em Cabo Frio a audiência pública sobre o licenciamento ambiental para Ampliação do Sistema de Produção de Petróleo do Campo de Peregrino – Fase II, na Bacia de Campos. Com o objetivo de expor à comunidade os dados e informações relevantes sobre o empreendimento e as atividades no processo de licenciamento ambiental exigido pelo IBAMA. Na ocasião estiveram presentes pescadores e quilombolas de Armação dos Búzios e outros municípios que fazem parte da área de abrangência do empreendimento.

 

Quilombolas comparecem em audiência pública

Após breve apresentação dos representantes do empreendimento sobre o relatório de Impacto Ambiental, houve vários questionamentos. A principal preocupação entre os presentes era sobre o derramamento de óleo acidental, que poderia colocar em risco todo modo de vida dos pescadores. Outra preocupação era quanto a especulação imobiliária que certamente irá aumentar com o desenvolvimento das atividades da produção de petróleo no município de Armação dos Búzios, atingindo diretamente as comunidades quilombolas da região. Membros de comunidades tradicionais, apoiados pelo Projeto de Educação Ambiental Observação estiveram a frente das manifestações e indagações sobre os impactos gerados pelo empreendimento alegando a falta de representatividade no  Relatório de Estudos de Impactos Ambientais e expondo as preocupações quanto ao resultado dos impactos gerados pelas atividades que atingem de forma direta e indireta o modo de vida das famílias que vivem na região.

Impactos previstos

Entre os impactos ambientais causados pelo empreendimento está previsto a interferência no uso, ocupação e valor do solo, além do aumento do custo de vida na área de abrangência. Isto já é uma questão atual em Armação dos Búzios. Com o uso do aeroporto de Cabo Frio, pode ocorrer o aumento da população de Búzios, o que deve refletir na especulação imobiliária. Sendo esta uma das preocupações da comunidade quilombola de Baia Formosa, foi perguntado sobre as medidas de mitigação a respeito dessa questão. Recebendo como resposta que não foi previsto medidas de mitigação para essa questão.

 

 

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