SERÁ O FIM DO ASSOREAMENTO DO CANAL SÃO LOURENÇO?

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Foi iniciado em janeiro deste ano o processo de licitação para a obra de dragagem do canal de São Lourenço em Niterói

A Prefeitura de Niterói publicou, no Diário Oficial, o edital para realização, no dia 20 de junho, de licitação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (Rima) para a dragagem do canal de São Lourenço. Esta foi a primeira fase do processo licitatório que deverá estar concluído em cerca de dois meses, após o cumprimento dos trâmites legais. A licitação será feita pela Empresa Municipal de Moradia e Saneamento de Niterói e as consultas para interessados poderão ser feitas no site da Prefeitura de Niterói.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Luiz Paulino Moreira Leite, enfatizou que esta obra é necessária há mais de 20 anos. Segundo o prefeito afirmou que as intervenções feitas no local ajudarão a resolver, não só o problema ambiental, como também vão contribuir na geração de renda da região.

“Niterói há muitos anos vem sofrendo com o assoreamento deste canal. Essa intervenção da Secretaria do Ambiente é uma das mais importantes para essa região. O canal completamente assoreado fica intransitável e embarcações não chegam. A intervenção vai ajudar a pesca e a comunidade pesqueira”, afirma o secretário.

O assoreamento e o Terminal Pesqueiro de Niterói

O cemitério de barcos em que se transformou o canal inviabiliza, desde 2013, o funcionamento do Terminal Pesqueiro Público do Estado do Rio de Janeiro, construído em Niterói com investimento de R$ 10 milhões do governo federal e jamais utilizado por pescadores.

O assoreamento do Canal de São Lourenço isolou o Terminal Pesqueiro, a falta de navegabilidade impede que embarcações, mesmo as de médio porte, cheguem até ele. Além de píer para o atracamento de barcos, foi construído ali um grande galpão que seria usado para o beneficiamento do pescado. Uma fábrica de gelo e um posto de combustível também funcionariam no local. Porém, a promessa do Ministério da Pesca, na época, era que o pescador poderia descarregar, reabastecer e até vender o pescado no mesmo espaço. Mas essa não foi a realidade passados mais de sete anos. O cenário no terminal pesqueiro é de abandono.

Se aprovado, além de aumentar a profundidade do mar retirando lama e dejetos, vai abrir o canal, que fica na altura da entrada do bairro. Com essa abertura a água vai circular e os dejetos não vão ficar parados como acontece há anos. Também vão ser retirados as carcaças das embarcações que liberam muita ferrugem no mar, o que vai melhorar a vida do pescador artesanal da região.