PESCADORES ARTESANAIS DA ILHA DA CONCEIÇÃO PARTICIPAM DE BARQUEATA

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Ação reuniu ambientalistas e organizações de direitos humanos que denunciaram a falta de política ambiental pós Rio-2016 

No início do mês de agosto, os pescadores artesanais da Ilha da Conceição estiveram presentes na barqueata “Por uma Baía de Guanabara Viva”, protesto em função da promessa feita por órgãos públicos ao Comitê Olímpico Internacional de despoluir a Baía em 80% até as Olimpíadas.  A ação teve o objetivo de chamar a atenção para o descaso público e a negligência das gestões municipais da região metropolitana para o plano de despoluição que ainda não foi cumprido.

Barqueata marca um ano pós Olimpíadas Rio-2016

Após encontro realizado na Ilha da Conceição, pescadores viram a necessidade de participar de ações articuladas para garantir e reivindicar mais direitos para a pesca artesanal. E como compromisso se engajaram nessa ação que busca políticas públicas para a pesca artesanal. Foram 13 barcos que saíram da Ilha da Conceição em direção a Praça Mauá, ponto de partida da barqueata organizada pelo ambientalista Sergio Ricardo.

“O objetivo do projeto Baía Viva é garantir políticas públicas eficazes para despoluição da Baia de Guanabara, no freio de sua transformação em pátio industrial, na despoluição e renaturalização dos rios que nela desaguam, na proteção das florestas onde estão suas nascentes, enfim, pela revitalização da Baía de Guanabara e pela dignidade dos povos que aqui habitam. Reforçando o sentimento de pertencimento das populações da cercania da Baía. Fazer dela espaço vivo para as atuais e futuras gerações, multiplicar sua vida marinha e estuarina”, declara Sergio.

Carta com demandas das comunidades pesqueira será encaminhada a entidades públicas

Na ocasião, foram apresentadas os próximos passos da carta/programa que direciona uma agenda prioritária para a saúde ambiental da Baía de Guanabara e Sepetiba. Essas demandas foram apresentadas pelos pescadores da Ilha da Conceição durante realização do Fórum Itinerante do Movimento Baía Viva, que também identificou o potencial da Baía de Guanabara como solução do transporte de passageiros através de ampliação das linhas de barcas que está prevista desde a década de 1980, mas que ainda não saiu do papel. A Carta/Programa está em fase de revisão e deve ser tornada pública no próximo mês. Ela será enviada para autoridades federais, estaduais e municipais; ao Comitê de Bacias Hidrográficas e também à representação da ONU no Rio, que estavam presentes apoiando a barqueata.