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PESQUISA APONTA CINCO COMUNIDADES MAIS IMPACTADAS PELO PORTO DO AÇU

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Porto do Açu impacta diretamente atividades de pescadores artesanais e agricultores familiares

Pesquisa realizada pelo Observação São João da Barra, aponta conflitos ambientais que afetam diretamente a comunidade tradicional em cinco localidades de São João da Barra. Encontramos agricultores familiares e pescadores artesanais nas comunidades de Pipeiras, Alto do Cardeiro, Grussaí, Iquipari e Água Preta que são impactados diretamente pelas atividades do Porto do Açu. Inaugurado em 2014, esse empreendimento desapropriou as terras de agricultores familiares, salinizou a água e gerando impactos também para os pescadores artesanais.

Plataforma em funcionamento na praia do Açu, em São João da Barra

A salinização da água e do solo afetou o lençol freático da localidade do Açu, onde a água doce passou a ser salgada, se tornando impróprias para consumo, irrigação e até mesmo outros afazeres dos povos tradicionais deste município.

Em Água Preta, localidade próxima ao Porto do Açu, agricultores familiares sofrem com um processo de desapropriação de terra e de salinização do solo e da água.  A agricultora familiar Fernanda Machado, relata “Eu fazia meu plantio para o consumo próprio e também fornecia para a cidade do Rio de Janeiro. Plantava de tudo, abacaxi, quiabo, maxixe e outras hortaliças e verduras. A terra era farta”.

Ela lembrou que o Porto do Açu chegou prometendo empregos para todos, incentivo a cultura local, porém não realizou estas ações e ainda provocou a perda da terra e tornou o solo improdutivo. Fernanda completa afirmando que o porto tomou as terras do seu sogro, onde será construído um heliporto, que atenderá a indústria de petróleo e gás e terá a capacidade para 20 aeronaves de grande porte. Alguns proprietários não receberam suas indenizações até hoje. A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, informou que mais desapropriações de terras vão acontecer ainda este ano.

Muitas dúvidas

Um caso relatado pela secretária da Associação de Moradores do Açu Rosângela Conceição, questiona: “Por que o pescador tem que manter a distância miníma de 500 metros da plataforma, se a plataforma mantém menos de 1 km longe da orla?”. Segundo o agricultor familiar Reginaldo Machado, morador de Água Preta, a história se repete, com a desapropriação de terra.”Esse fato reforça que somos os oprimidos. Nós agricultores levantamos cedo, com sol ou com chuva, para cuidar da nossa terra, ficamos com as mãos calejadas, a pele queimada, mas ainda feliz. Pois tinha onde plantar, daqui para frente como será? Sem terra, sem moradias e sem indenizações nós ficamos prejudicados e temos medo de morrer por aquilo que é nosso”, completa Reginaldo.

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COMUNIDADES DE IQUIPARI E GRUSSAÍ SOFREM COM OS IMPACTOS DAS ATIVIDADES PORTUÁRIAS

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Salinização das lagoas de  Iquipari e Grussaí prejudica povos tradicionais.

Em levantamento de dados sobre os impactos da cadeia produtiva de petróleo e gás nas comunidades do município de São João da Barra, o Observação averiguou através de noticiários locais sobre a retirada de areia do fundo do mar na construção do Porto do Açu para facilitar a passagem de navios, salinizou toda a lagoa e água potável de todo distrito de Grussaí, a empresa que administra o porto foi multada em 1 milhão e 300 mil reais, tiveram que fazer intervenções na construção para evitar mais impactos e indenizar produtores rurais de toda área. Segundo o estudo da UENF, em 2010 tinha 2 g de sal por litro d’água enquanto no ano de 2012 foram registrados mais de 7 g de sal por litro d’água.

A Lagoa de Iquipari, tinha água doce, porém, a quantidade de sal mais do que triplicou em 2 anos. No fim de 2012, um outro estudo da universidade apontou que a água salgada nos poços queimou as plantações e causou a destruição das lavouras. O sítio do produtor rural José Roberto de Almeida foi um dos mais afetados, por que fica há menos de 3 km do aterro hidráulico. José perdeu 150 mil pés de abacaxi e 200 mil pés de quiabo, porque foram irrigados com água salgada.

O Complexo Lagunar Grussaí-Iquipari (CLGI), é um dos casos de antigas áreas de pesca que, em virtude da chegada do complexo, não podem mais serem acessadas. O impedimento se tornou aparente em 2012 quando foram instaladas guaritas de segurança e grades impedindo o acesso das pessoas de segundas as sextas feiras ao complexo, seja para as atividades de pesca ou para o lazer. A revolta dos pescadores é aparente, já que além da remoção de inúmeras famílias de suas terras, o grupo corporativo conseguiu impor um zoneamento no território que impede a continuidade do exercício da pesca nesses lugares. Os principais prejudicados com as mudanças foram os pescadores da região da lagoa. O Complexo Lagunar Grussaí-Iquipari (CLGI), tem 20km de extensão, vai desde a localidade de Barra do Açu até o distrito de Grussaí, onde faz divisa com o mar e conta com o auxílio de uma barra, com a salinização alguns moradores não tiveram água potável e alguns tiveram até doenças, como diarreia, náuseas, dor de cabeça e vômitos constantes, podendo se agravarem para doenças renais e cardíacas. A salinização prejudicou diretamente os pescadores que vivem na comunidade, além de afetar os artesãos de esteiras de “tábua”, os agricultores familiares também relataram a queima da produção agrícola devido a salubridade da água em seus poços para irrigação do plantio. A Lagoa de Iquipari está inserida na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Caruara, que já tem seu plano de manejo aprovado pelo INEA desde 2018. O monitoramento da lagoa de Iquipari, vem sendo realizado há mais de dois anos e tem como objetivo verificar a necessidade ou não se de fazer algum tipo de intervenção na área, além de manter o arquivo de dados atualizado no INEA.

Mortandade de peixes na Lagoa de Iquipari

Devido as obras portuárias e sua grande operação nos dias atuais, o porto do Açu tem destruído em grande escala o sustento das famílias de Iquipari, localidade quem vem sofrendo repressões desde quando o porto era apenas um projeto. No ano de 2018, houve em grande escala de peixes mortos na Lagoa de Iquipari, entre Tainha e Acará, as famílias que vivem do pescado não tiveram nenhum auxílio sobre o acontecimento na lagoa, segundo alguns moradores o porto foi o principal ator social a degradar toda área de pescado, agrícola e artesão.

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AGRICULTORES FAMILIARES RELATAM PROBLEMAS COM PORTO DO AÇU

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Moradores de Água Preta, passam por desapropriação de terras

Força policial na localidade para desapropriação

 

Na localidade de Água Preta, 5° distrito de São João da Barra, moradores começaram a relatar problemas relacionado a desapropriação de terras. Segundo informações de moradores, o mandado foi expedido pela justiça de São João da Barra e assinado pelo juiz Paulo Maurício Simão Filho a pedido dos advogados da empresa Gás Natural Açu (GNA), empresa que está construindo uma termelétrica no porto e notificou algumas famílias para saírem das terras. De acordo com a empresa GNA, no local da reintegração de posse será feita a passagem da Linha de Transmissão de 345 Kv, que conectará a Usina Termelétrica ao Sistema Interligado Nacional – SIN.

Agricultores familiares, vem sendo desapropriados para construção da usina com capacidade de 6,4 GW tornando-se o maior parque térmico a gás natural da América Latina, com a licença ambiental concedida podem mais do que dobrar sua capacidade instalada no parque termelétrico. O terminal Gás natural liquefeito (GNL)  o primeiro terminal portuário de uso privado do tipo no Brasil, está localizado no Porto do Açu, gerando impactos ambientais diretos nas localidades próximas, como Aguá Preta e Barra do Açu, que tem um conflito decorrente destas instalações. Em pesquisa no EIA RIMA do Porto do Açu verificamos que serão duas usinas, sendo uma usina termelétrica e outra usina siderúrgica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), agência responsável pelo processo de transferência da autorização, sob o n° 48500.006578/2014-79, autoriza a Sociedade de Propósito Específico da Usina Termelétrica do Gás Natural Açu I (SPE UTE GNA) Geração de Energia Ltda, construir a usina termelétrica no complexo portuário do Açu.

Nessa localidade, onde todo seu território é de agricultores familiares, pescadores artesanais e artesãos que gera um impacto negativo em grande escala na comunidade de Água Preta, afetando na cultura local e na economia, fazendo assim os oprimidos buscarem outros meios de subsistência inexistentes. Com a presença de viaturas da polícia militar, polícia ambiental e ambulância, agricultores foram abordados com o cumprimento de uma ordem judicial para a instalação da linha de transmissão. Alguns agricultores resistiram para evitar perderem suas terras que foram cuidadas ao longo de anos.

Mais impactos

A construção do aeroporto para prestar serviços ao Porto do Açu será na localidade do 5° distrito de São João da Barra. O empreendimento já tem sua licença ambiental concedida pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA), os agricultores familiares temem perderem mais terras ao longo dos anos.

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ALTO DO CARDEIRO SOFRE COM SALINIZAÇÃO NOS POÇOS ARTESIANOS

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Povos tradicionais da localidade relatam impactos do Porto do Açu em seus poços artesianos

Povos tradicionais da localidade de Alto do Cardeiro, 5° distrito de São João da Barra, na última semana de março, relataram sobre os impactos ambientais decorrentes do Porto do Açu  e sobre o conflito que tem com o Parque Estadual da Lagoa do Açu (PELAG).  O principal impacto identificado é a salinização dos poços artesianos da localidade, onde com a drenagem e a retirada de areias para construção do porto contaminaram o lençol freático. Estudos realizados naquela área pelo Observação São João da Barra para seu levantamento de dados, apontaram como possíveis conflitos ambientais, salinização da água e do solo e a falta de água potável. A falta de água potável faz com que a comunidade busque alternativas, visto que a encanação de água potável abrange o bairro vizinho, Azeitona, mas não abrange a localidade de Alto do Cardeiro.

Os impactos ambientais decorrentes da atividade portuária atingiram não só localidades ao redor do porto, mas também o 5° distrito de São João da Barra quase num todo, como Alto do Cardeiro que sofre com a salinização dos poços artesianos, um dos recursos de água mais importante na localidade, os povos tradicionais utilizam para a irrigação do plantio e alguns afazeres domiciliares. Foi questionado o porquê não existe água potável para a localidade e Verônica Almeida, filha de agricultores familiares, relatou que a CEDAE, empresa do Estado que tem a concessão de águas da localidade, iniciou o encanamento para água potável, mas o que impediu a chegada da água é que Alto do Cardeiro está dentro do PELAG. Heron Costa, chefe do parque, informou que Alto do Cardeiro territorialmente pertence a Campos dos Goytacazes, mas esse é o mesmo estigma que Quixaba, Azeitona, Bajuru e Capela São Pedro vivem, porém a única coisa que muda é que todas essas localidades são assistidas pela Prefeitura Municipal de São João da Barra, em exemplo mostrado, a equipe do PELAG afirma que a localidade de Alto do Cardeiro está dentro do parque, 100 metros acima do limite da Lagoa do Salgado, ou seja, grandes propriedades agrícolas, essa área é chamada de APP (Área de Preservação Permanente), nessa área não pode ter desenvolvimento de nenhuma virtude, a não ser a  ambiental.

Filha de pescador artesanal, que não quis ser identificada, relata que Alto do Cardeiro era uma terra farta, onde seu solo era fértil, a Lagoa do Salgado era o sustento das famílias que moram na comunidade, mas que hoje em dia a lagoa e seus poços artesianos são salinizados por conta das atividades do porto. Na irrigação do plantio da agricultura familiar era utilizada água dos poços, agricultores contam que perceberam que a água estava salinizada quando perdeu suas plantações, viu que estava tudo queimado e notou que a água do poço estava salinizada. De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA) o acesso à água potável no Brasil ainda permanece como desafio, em consulta ao site da CEDAE, empresa que tem a concessão da água e do esgoto de alguns distritos de São João da Barra.

 

ALTO DO CARDEIRO X IQUIPARI

Alto do Cardeiro é uma comunidade composta por pescadores artesanais, agricultores familiares e artesã, a renda dos povos desse território provem das tradições que foram repassadas ao longo de cada década, que não é diferente de Iquipari, no 2° distrito de São João da Barra. Os mesmo conflitos que Alto do Cardeiro vem passando desde da chegada do porto, Iquipari também vem sofrendo, com a lagoa do Iquipari sendo privatizada e reduzindo o uso e sua extração, pescadores artesanais da localidade têm que estar regularizados, como carro no ano mais recente, habilitação, documento de pesca e o motivo da pesca, a quantidade de peixes pescados também são controlados.

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MORADORES DE QUIXABA PARTICIPAM DE DEVOLUTIVA

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Demandas de 2018 são passadas para a comunidade

 O Projeto de Educação Ambiental (PEA) Observação junto com os voluntários do projeto, apresentaram sua devolutiva para a comunidade de Quixaba e comunidades vizinhas no dia 28 de novembro, na sede do Observatório São João da Barra, com a finalidade de apresentar as demandas concluídas ao longo do ano de 2018. Abordamos junto com os moradores as questões que ameaçam o fim da pesca artesanal, a agricultura familiar e o artesanato. O professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Ronaldo Novelli que esteve presente com sua turma de zoologia explicou que a abertura da barra iria prejudicar não só os pescadores como também os moradores das localidades ao redor, já que ao abrir a barra muitos peixes de água doce iriam morrer, houve uma explicação prévia sobre a questão aquática da região que abrange o quinto distrito de São João da Barra.  

 

O debate aconteceu logo após a exibição do documentário “Limites” que teve como atores sociais e principais pescadores artesanais, agricultores familiares e artesãs que são contra e a favor da abertura da boca da barra do Açu. Alunos da UENF ali presentes questionaram o conflito existente entre os próprios povos, que na verdade o conflito deveria ser povos tracionais contra os atores sociais que tentam acabar com o saber da pesca, da agricultura e do artesanato. A abertura da boca de barra também foi uma das demandas que a comunidade estava esperando pelo seus resultados, onde foi passado um curta documental explicando sobre sua abertura, muitos ali presentes sentiram-se satisfeitos com todo o trabalho feito na comunidade de Quixaba ao longo do ano. 

Após esse momento de debate, o Teatro do Oprimido (TO) veio abordando a questão dos conflitos ambientais, onde os voluntários com auxílio da equipe técnica fizeram uma peça teatral chamada “Origens” que veio contando a história de pescadores que não sabiam o real conflito, de moradores que souberam do Parque Estadual da Lagoa do Açu quando alguns foram presos no local de onde extraem seu sustento e sobre as regras implementadas pelo parque onde nenhum morador participou da criação das regras e não sabiam de sua existência e quais são seus limites já que não há sinalizações do que é o parque ou qual é sua intenção ali.

Em um dos momentos marcantes do teatro é quando um voluntário faz o papel de representante portuário onde chama os moradores ali de “Quilombolas”, vale ressaltar que ali é uma comunidade de pescadores artesanais, agricultores familiares, filetadeira e artesãs, que deixa uma gafe mostrando que mesmo sendo um dos atores sociais que mais impactam naquela comunidade, não sabe o que exploram ou o que fazem para sobreviver, já que para o porto são seres “invisíveis”.  No final da peça foi ilustrado pelos voluntários a lei de implementação do Parque onde alguns pescadores, agricultores e artesãs não sabiam que existia.

 

Reconhecimento

O PEA Observação concluiu então mais um ano de trabalho e conquista com e para a comunidade, deixando bem claro que todos os sujeitos prioritários tem os seus direitos e que podem e devem ser exigidos e como reconhecimento. A comunidade se fez presente e participou da devolutiva, agradecendo imensamente o trabalho árduo de toda equipe e voluntários.

“Com a união de um todo, foi possível conquistar coisas boas para nossa comunidade”, disse a moradora da Quixaba Adriana Gomes.

 

 

 

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REUNIÃO DO PELAG DEBATE POSSÍVEL RECATEGORIZAÇÃO NO DECRETO

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Plano de manejo também é pauta na reunião do PELAG

Na primeira reunião ordinária do Parque Estadual da Lagoa do Açu (PELAG), estavam presentes os PEAs Observação, FOCO, Territórios do Petróleo, PESCARTE, o representante da Prumo Daniel Nascimento, o professor da Universidade Estadual Norte Fluminense (UENF) Ronaldo Novelli, Alba Simon, Heron Costa (chefe do PELAG), alguns conselheiros e visitantes. Foi debatido algumas possíveis modificações no decreto do termo de compromisso que beneficiaria a classe pesqueira e artesanal. Um dos principais objetivos desta reunião, foi mostrar a importância que tem esse decreto para as comunidades impactadas  e o quanto a união das classes  fortalecerá a recategorização.

 

A reunião foi iniciada com a prestação de contas do PELAG, informações sobre eventos e oficinas. Em seguida. Alba Simon que estuda os conflitos em parques e que está na luta junto com pescadores artesanais, artesãs, agricultores familiares e a comunidade impactada, tomou a frente do debate expondo suas experiências e conclusões para essa possível mudança nesse decreto. Ela relatou que foi através de visitas locais, que a fez ver os impactos e as dificuldades vividas por essas comunidades e reforçou sua vontade de dar continuidade ao seu trabalho  e de se fazer presente nessas comunidades impactadas, e de também poder ter essa troca de conhecimentos com esses atores sociais e está aprofundando-se nos seus estudos para auxiliar essas comunidades com os conflitos existentes e os que possam estar por vir como por exemplo a elaboração do plano de manejo.

Planos

Segundo Alba Simon, a recategorização será o melhor caminho, mas isso é um longo caminho a ser percorrido. O plano de manejo também teve o seu momento no debate, mais uma vez questionado pelos conselheiros a demora da elaboração desse plano que é de extrema importância para a classe pesqueira e artesanal e como já era previsto não há data marcada para essa elaboração.

Utilizando este tempo a favor, alguns sujeitos prioritários estão buscando informações para se apropriarem do assunto e assim fazerem parte da elaboração do plano de manejo,  pois são os mais impactados com a implementação do parque e de onde retiram a matéria prima para o sustento de suas famílias. E ter a sugestão dos sujeitos prioritários neste plano de manejo é a garantia de direitos destes grupos, já que é do parque eles retiram a única fonte de renda.

 

 

 

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SEMINÁRIO BUSCA MELHORAR COMUNICAÇÃO

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Falta de comunicação é exposta por quilombolas e pescadores no Programa de Comunicação Social da Bacia de Campos

Em Dezembro de 2018, sujeitos prioritários participaram do 1° seminário de comunicação social e rebatem aos relatos de que existe uma comunicação qualificada e articulada entre operadoras de petróleo e gás na comunidade impactada, onde pescadores e quilombolas mesmo em sua minoria puderam expor suas opiniões e buscar dentro do seminário  um avanço necessário na comunicação, já que os mesmos sabem quais são as dificuldades diárias.  A Shell, PetroRio, Dommo Enegia, Chevron Brasil, Petrobras e Equinor, e os Projeto de Educação Ambiental (PEA’s) da Bacia de Campos, REMA, NEA-BC, TERRITÓRIOS  DO PETRÓLEO, PESCARTE, OBSERVAÇÃO, QUIPEA, FOCO ,PEA Avaliação e  IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente ) também estavam presentes.

Durante a dinâmica de grupo, foram avaliados alguns métodos que poderiam ampliar e melhorar a chegada das informações até as comunidades impactadas. O programa possui objetivos específicos como divulgar, para os grupos de interesse, informações a respeito das características, impactos ambientais e sociais. Em sua programação que durou três dias na localidade de Campos dos Goytacazes, foi abordado o método de fala, escuta e compreensão de algumas demandas, onde que para escutar é preciso atenção, para falar é preciso ouvir e para compreensão é preciso ouvir e falar, fazendo os grupos sociais se organizarem em busca do objetivo do coletivo, mesmo com tudo isso o PCS não atendeu as expectativas dos sujeitos prioritários que estavam presentes representando suas comunidades.

Um pescador artesanal perguntou “para quem estava voltada a comunicação das petroleiras”, porque existem operadoras de petróleo e gás que extraem matéria da área de pesca e não tem comunicação com nenhum dos pescadores ou sujeitos prioritários que eles afetam com sua atividade. O mesmo também abordou a questão específica para uma petroleira, sobre a degradação das áreas de pesca, onde essa petroleira não abre diálogo com nenhum dos sujeitos prioritários. O debate do pescador não obteve resposta da operadora que ele citou, completou a questão da degradação afirmando que não há e nunca houve qualquer forma de contato da petroleira. Além do que foi exposto, a necessidade de ter mais sujeitos prioritário nesse evento foi também pauta da discussão.

 

REDE COMUNIDADE

Estandes foram montados com informações de cada operadora como forma de expor e extrair da comunidade melhorias na comunicação, mas foi relatado por alguns sujeitos prioritários que tiveram dificuldades em entender tantas informações em um único momento e em um pequeno espaço de tempo, foi relatado também que a falta de orientação na entrada, falta de informação na programação e o painel não explicativo para que os sujeitos prioritários do Rede Comunidade. Os fatores exposto do evento dificultou seu entendimento, deixando os sujeitos prioritário confusos do que o evento abordava.

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CANAL QUINTINGUTE NECESSITA DE NOVA LIMPEZA

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Por falta de manutenção vegetação cobre superfície do canal

Pescadores Artesanais e moradores de Quixaba se uniram e conseguiram realizar um sonho de 20 anos, a limpeza do Canal Quintingute, que é de onde extraem o seu sustento. Em uma Audiência Pública exibiram um curta documentário que retratava suas condições precárias. A limpeza foi iniciada em 19 de novembro de 2016, mas por não ter manutenção a vegetação cobriu grande parte de sua superfície novamente.

O pescador Jorge Luís Barreto, conhecido na localidade como Nené, gravou um vídeo mostrando sua indignação com a situação do Canal, veja abaixo:

Canal Quintingute from Oba São João on Vimeo.

 

O Canal Quintingute se tornou impróprio para qualquer tipo de atividade e é de vital importância para a economia da localidade. Pescadores artesanais e artesãs de esteira de “tábua” reclamam do descaso. E salienta que a limpeza do canal e a não manutenção podem não só causar possíveis danos ambientais, como sociais também.

Peixes mortos às margens do Quintingute

A manutenção que o Quintingute precisa tem que ser reforçado junto a Lei Orçamentária Anual (LOA) que tem como objetivo o cumprimento de sua limpeza e manutenção. É possível ver alguns danos ambientais como por exemplo: Peixeis mortos boiando à sua margem e a vegetação nativa que sustenta algumas famílias, a “tábua”, queimada pela água salinizada e por falta de sua limpeza.

Tábuas queimadas – Canal Quintingute

Povos tradicionais desse território pedem por uma solução imediata, pois não podem pescar por estar em período defeso. Além do descaso e esquecimento, pescadores artesanais queixam-se do período defeso, que ainda não receberam as parcelas que tem direito.

Dentro da impossibilidade da pesca, utilizam como recurso alternativo a “tábua” para confeccionar esteiras e comercializar, para terem uma renda no mês. Mas nem a “tábua” está podendo ser uma fonte de renda, por estarem queimadas, “é uma lástima porque não pode ser usada para o artesanato”, relatou a artesã Leka.

Mobilização

Pescadores artesanais e moradores diante da situação atual, buscam auxílios para que essa limpeza seja retomada o mais breve possível. Alguns pescadores começaram a se mobilizar para reforçar o pedido da limpeza e manutenção aos órgãos públicos competentes.

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PEAS ARTICULAM PARA SE FORTALECEREM EM SÃO JOÃO DA BARRA

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REUNIÃO PERMITE TROCA DE INFORMAÇÕES E EXPERIÊNCIAS

Em uma reunião composta pelos Projetos de Educação Ambiental (PEAs) Observação e PESCARTE, no dia 15 de agosto, na sede do Pescarte e do Territórios do Petróleo, verificou-se que havia uma grande necessidade de ampliar o diálogo entre os PEAs de São João da Barra e com isso foi criado um calendário de reunião de articulação. Ficando agendada a primeira reunião de articulação para o dia 12 de setembro.

Na primeira reunião  de articulação estavam presentes os representantes dos PEAs Observação, Foco, PESCARTE, REMA e Territórios do Petróleo.  O NEA-BC não pode comparecer, pois tinha uma reunião com o grupo gestor no mesmo horário.

De início houve uma apresentação individual que mostrou um resumo de cada PEA e sua linha de trabalho, depois foi debatido a possibilidade de obter a cadeira que se encontra disponível no conselho do Meio Ambiente em uma reunião no dia 13 de setembro às 10h no Rotary Club em São João da Barra.Sendo necessário ter o CNPJ, o projeto FOCO ficou incumbido de entrar na disputa pela cadeira do Conselho, tornando-se representante dos PEAs. A data da próxima reunião de articulação ainda não foi marcada, provavelmente será entre a penúltima e última semana do mês de outubro.

Demandas

Ficou  como demandas para a próxima reunião os seguintes pontos: agendamento da reunião, reunião com os pesquisadores da UENF, o PELAG, pescadores artesanais e PEAs . Outras demandas também foram apontadas: pesquisa que esclareça a verdadeira situação geográfica de Quixaba e sobre a abertura da barra.